segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Santiago


Há cidades que nos envolvem num abraço e nos embalam no ritmo certo que precisamos.

Santiago é uma cidade cujo efeito em mim não consigo explicar. É como um colo onde me aninho e me sinto aconchegada, que seca as minhas lágrimas e acalma a minha alma, enquanto sussura que tudo vai ficar bem, fazendo-me acreditar que, apesar de tudo, a Vida vale a pena.

A Catedral é-me especial. Ao contrário de muitas outras catedrais e igrejas que já visitei por esse Mundo fora, na de Santiago facilmente posso estar horas sem me cansar. A rezar? Diria mais a conversar com Deus, com Santiago e comigo própria. Não consigo explicar o apego a este lugar, o efeito que tem em mim.

Em Santiago recupero o sorriso e encontro-me, e volto a ter as forças outrora perdidas algures no fundo de mim.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Hoje deu-me para isto...



sábado, janeiro 16, 2010

Estes anos

Os anos em que estive calada, foram bons, mas sempre com um sentimento constante de reaprendizagem. Reaprendi a viver na cidade que eu tanto gosto, mas agora nem sempre rodeada dos que tanto gostava quando parti.

A Vida modificou-se: amigos que deixaram de o ser, outros que se afastaram; amigos novos que me invadiram a vida, mas os Amigos, aqueles de sempre, ficaram!

Olho para trás e sorrio de cada vez que lembro as viagens, sempre que possível, a Londres, onde Amigos sempre me acolheram de braços abertos; onde festejámos aniversários surpresa, fizemos festas de despedida e Halloween de arromba, barbecues com chuva à mistura só porque eu estava de visita e não importa-que-amanhã-seja-dia-de-trabalho-que-levantámo-nos-na-mesma.

E foram esses mesmos Amigos que tanto prezo que me fizeram, em Dezembro último, meter num Alfa em direcção à capital deste “Cantinho Lusitano”, de sorriso estampado na cara, só para jantar com eles depois de um dia de trabalho, e regressar logo na manhã do dia seguinte. E como regressei feliz!

E a cada dia que passa, agradeço pelos Amigos que ficam e sempre me acompanham, como rochas firmes e sólidas, indeferentes ao desgaste e ao passar dos anos. (sim tenho Amigos que me acompanham desde os meus 5 ou 6 anos!). E também àqueles que, não me acompanhando há tanto tempo, me incluem sempre nas suas vidas, sem se importarem que eu não tenha filhos para com eles partilhar um pouco mais esse desafio-maior que o ser humano pode ter, que é o de ser Pai ou Mãe.

Tudo isto, por vezes, faz-me pensar. E são esses pensamentos que virão para aqui.

Para já, a vocês Amigos, que sabem quem são, obrigada por estarem sempre comigo!

segunda-feira, janeiro 11, 2010

2010

Depois de tanto tempo em silêncio sem qualquer razão, este ano prometo voltar à escrita. Porquê? Porque me apetece...

Ergo o copo a uma nova década que começa e que espero seja tão boa ou melhor que a que passou. Tchin-tchin!

terça-feira, março 13, 2007

Regresso

Regressei à cidade amada. Regresso tantas vezes apetecido, tantas vezes sonhado… mas apesar disso, doloroso. Como dolorosos são todos os regressos.

Habita em mim o vazio do que noutra cidade ficou. Saudades dum passado recente que faz doer a alma como ferida aberta que teima em não fechar, e que o tempo não sara...

Perdi-me de mim e não sei quem sou. Vivo na ânsia de me encontrar por aí, num canto qualquer aninhada, à espera de ser encontrada... por mim.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Mais um ano...

Mais um ano chegou. Altura de balanços. Pensar no ano que passou: o que sonhámos e desejámos ao soar das badaladas e o que de facto aconteceu, o que se fez e o que se deixou por fazer, ânimos e alegrias, tristezas e lágrimas... Pensar no novo ano… fazer planos. Sonhar de novo. E de novo correr o risco de ver tudo se desmoronar qual castelo de cartas em que mão invisível insiste em tirar a carta que serve de apoio a todas as outras…

Já não sonho, já não faço planos. O que vier será.

Este ano de 2007 promete mudanças. Algumas estão já a acontecer. Umas serão grandes mudanças, outras mudanças mundanas apenas e outras ainda apenas e só “mudancinhas”.

Seja como for, é mais um ano de um calendário que não controlamos, cujo tempo nos reboca impondo o seu ritmo, sem nos perguntar se o queremos rápido ou lento. Fazendo com que por vezes nos pareça que tudo rodopia à nossa volta, como se andássemos num carrossel, a velocidade alucinante, apenas podendo ouvir o nosso riso misturado com os outros vultos (indefinidos pela velocidade) que connosco partilham a viagem; outras vezes esse mesmo tempo nos pára e detém, como se tudo se passasse em câmara lenta, onde nada acontece ou tudo parece parado numa infinidade que nos magoa e martiriza…

O tempo… sempre veloz, sempre a impor o seu ritmo. Tempo que só o entendemos quando ele está já longe, quando não o podemos tentar travar ou acelerar, quando é já tarde demais para percebermos quem somos e o que queremos, apenas sabemos quem fomos e o que fizemos (ou não)…

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Life Swap - conclusão

A experiência de trocar de vida chegou ao fim. Não vou maçar-vos com detalhes, apenas quero partilhar que foi, sem dúvida, uma das experiências mais incríveis e gratificantes que tive até agora!

Aprendi várias coisas. Não tanto a nível técnico, mas antes a nível pessoal. O tal jantar de que falei no post anterior foi uma surpresa bem agradável. Correu melhor que o esperado. Eu não sabia bem o que esperar de tal situação pelo que fui à aventura. Quanto à minha amiga, estava convencida que seria algo “penoso” para mim e portanto, desde o início me disse que tinha liberdade de vir embora quando quisesse – o que ela não contava é que eu ficasse quase até ao fim (as restrições impostas pelo horário do último metro a isso obrigou) e que gostasse tanto!

Depois disso, foi muito interessante ser incluída num grupo que nunca me tinha visto antes, e que, desde logo, me tratou como se fosse parte integrante dele – chegaram a perguntar porque não aparecia nas aulas!!

A experiência chegou ao fim, e para mim, acima de tudo, serviu para perceber que não quero mudar de vida com ninguém! Com todos os defeitos e virtudes, estou bem na minha pele. Como toda a gente, há coisas que tento melhorar em mim a cada dia que passa, mas daí até mudar de vida com alguém… Não.